Lembrando de ontem eu sei que não vai dar
Posso dizer que não amo, mas a dor que no peito trago
Lembra o aquario que já foi preso meu coração
Dos beijos e amassos tentei reconhecer
Que aquele que vai sem saber
Trocou o certo pelo culpado
Amarrou o burro no peito errado
E hoje canta como curió
Enjaulado, marcado, acabado
E sem dizer segue a viver
Olhando o futuro e almejando um ardor
Onde possa consumir seu rancor
Apagou, chorou, reclamou e disse que dá vida iria se desfazer
Jogou no tempo a culpa do desamor
Calou o que podia lhe condenar e o vio aceitar
Que o covarde corre e o bravo para
Espera, escreve e clama,
Mas que toda viva alma tende a recorrer ao vazio
A passar noites a morrer.
No carma da cama da vida da chama
Do ar o qual me tomou e se aproveitou
Displicentemente me acorrentou ao passado
E até agora ou jamais voltou.
Lordcals